sábado, 24 de abril de 2010

MINHA NOVIDADE PRA VOCÊ

Aprendo desapego me apegando:
me iludindo, me afogando
me traindo, me matando.
E sem mais vou calejando,
caindo e levantando,
dançando a balada da paixão:

c
a
i
c
a
i
c
o
r
a
ç
ã
o
e
e
s
p
a
t
i
f
a
-
s
e
n
o

chão!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

NOSSO TEATRO

entreatos entre os atos
nossos atos
pois atores ainda seremos
se ainda houver personagens
se ainda houver memórias
se ainda houver histórias
e se ainda houver o possível e o impossível,
então a cortina não se fecha
permanece inerte
e segue a próxima fala:
"menos osso e mais verdade."

sábado, 27 de março de 2010

O ARCO-IRIS NOSSO DE CADA DIA

BEM BREGA COMO UM ARCO-IRIS APÓS A TEMPESTADE, GANHEI UMA CAIXINHA DE GIZ DE CERA COMO QUE NA OBRIGAÇAO DIARIA DE COLORIR MEUS DIAS. AGORA ME DIZ: O QUE COLORIR SE VOCÊ AINDA NAO TERMINOU DE DESENHAR? DEVO EU, MESMO ASSIM, PINTAR BORRANDO AS NOSSAS POUCAS BORDAS? DEVO EU COLORIR PRIMEIRO O CORAÇAO OU A CABEÇA? ALIAS, QUE COR MESMO É A PAIXÃO?

AQUELE VÃO

Desapareci mas já fui encontrada.
Você me achou e eu me vi:
Estava bem ali, apaixonada!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PINK



pinknininha
se aninha

toda em sinhaninha

pink, minha safadinha

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MEDITAÇÃO A CORES - marrom

Hoje acordei meio marrom. Calma, calma, não é isso que você está pensando não. Já estou bem grandinha para ir ao banheiro sozinha viu!

Mas é que hoje me sinto de fato meio marrom. Talvez porque ando comendo muitos chocolates? Marrom porque me sinto mais assim....velha? Sim, mais velha....e marrom não é cor de gente velha? Senhorinhas vestem que cor de sapato? Que cor de vestido? De saia? De meia? Hum???? E olha que não tenho nenhuma peça de roupa marrom no guarda-roupa (nem no cesto). Juro! Nunca gostei de nada marrom. Nenhum sapato nem cinto marrom. Cinto muito.

Sobrea. Sim, aquele marrom típico de madeira firme, rigida, que aguenta os trancos e as marteladas. Marrom de terra e não de sujeira. Mas não se preocupem, marrom não é triste nem sofrido, só é marrom. Não precisa me associar a expressões como "está na merda" ou "enfiou o pé na lama". To bem, sério....só estou meio marrom hoje.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

E EU SURGI

surgi na surdina
suja de suor
sugando a sede
seca que me bebe,
suco que me coa,
seio que já seca.

quarta-feira, 25 de março de 2009

SALA

Olá, meu nome é Mara Braga.

Ooooiiii Mara Bragaaaaaa.

Eu poderia ficar aqui por horas falando e falando e falandooooooo....

Mas já não se morre mais por hoje.

Só por hoje.

domingo, 15 de março de 2009

SOBRE O TRATADO

aqui vai o meu tratado,
tradado sobre o trato:
trate de se tratar!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

NA DÚVIDA, EU PREFIRO BRIGADEIRO

e são paulo é sempre uma escolha:


paraiso ou liberdade?

saúde ou clínicas?

carrão ou ta tu a pé?

ana rosa ou conceição?

são bento ou são judas?

republica ou cidade universitária?

parada inglesa ou belém?

jardim são paulo ou praça da árvore?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

SOBRE O PEIXE

Oh mãe!!!!!!! Manheeeee.......mãe, olha!!!!!!!! Mãaaaaaaaaaaaeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!! Oh mãe, eu tinha um peixe. Eu tinha um peixe que morreu afogado mãe!!!!

(...)

O meu peixe morreu de afogado, olha! viu só mãe? É sim, meu peixe e ele estava lá assim ó: paradinho paradinho
paradinhoparadinho paradinho entendeu? Poderia ficar ali parada por horas observando aquele aquario.....ai, já não lembro mais dessa parte não manhê. Era mesmo um aquário? Redondo? De vidro? Ah...não importa. Não importa nem se tinha água porque sabia mãe, um peixe pode morrer afogado de várias maneiras, não precisa ser com a água do aquario, pode ser afogado de saliva por exemplo...ou então de tanto chorar...quem sabe não se afogou tentando fazer xixi...quem sabe não foi numa chuva de xixi!!!!!! Numa inundação de xixiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Esses peixes não são mais os mesmos não manhê.

(...)

Não mãe, não era uma fruta. Não era uma truta! Mãe olha, era meu peixe entendeu?

(...)

Realmente acho que tenho certeza que os peixes não são mais os mesmos...olha lá mãe, eles ficam....ficam encarando a gente! Encaram a gente e com certeza tão falando mal...olha só pro tamanho da boca deles mãe!!!!! Deve caber tanto palavrão.....você não acha mãe?
(...)

Não gosto disso mãe. Oh mãe, já te falei, eu não goto disso! Definitivamente não gosto dos peixes e pronto!!!!! Nãaaaaaaaaaaaaaooooooooooooo gostooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!! Definitivamente O D E I O esses malditos peixes de aquario que ficam encarando a genteassim ó, assim mãe!!!!!!! Esses peixes que ficam de olho na gente, com esses bocões e andando de um lado pro outro do aquario, falando, olhando, pensando, querendo, nadando, comendo, olhando, olhando, olhando, andando, andando, andando. E só fazem isso........só fazem issooooooooooo!!!!!!!

(...)

(...)

(...)

Olha agora mãe, olha!!!! Manhê você viu? Viu? Parece que eles estão culpando a gente de matá-los afogados de vez em quando....... assim, bem de vez em quando não é?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O ANEL QUE TU ME DESTE

Confesso que sempre ficava "nervosa" com algumas brincadeiras infantis.....o tal do "passa anel" por exemplo! Ai se alguem colocasse o anel na minha mão................fazia de tudo pra não dar bandeira, mas meus olhos quase saltavam da cara.

E agora o que fazer se o anel que me passaste não é de plástico?

Continuo suando frio, meus olhos continuam quase saltando da cara...mas meu coração se acalma: eu sei onde está o anel!!!!
período de inbação

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

se todo paciente é aquele que se consulta com médico, eu é que não quero ser paciente. Problemas....pra que te-los? Se a paciência é ainda uma virtude, quero estar desvirtuada. Mas que nada,me falta só esperar...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O QUE ELA CANTOU COM LÁGRIMAS NAQUELA NOITE

Poderia ela gritar com sua garganta friamente rouca? Poderia pedir ajuda para alguém, pelo menos alguém, se ela alguém conhecesse? Se esse alguém se oferecesse? Poderia correr desesperadamente, batendo nos carros, esbarrando em pessoas apressadas, tropeçando nos próprios sapatos apertados que a essas alturas já esmagaram o passado assim como um fumante esmaga friamente a bituca de seu último cigarro? Poderia de repente parar naquele não-espaço e num lapso de segundos de seu-não tempo imortal olhar para o chão para ao menos ver o tamanho do buraco? Ou seria um poço?
Sim. Se pudesse voltaria! Jurava que voltaria! Preencheria calmamente todo aquele imenso vazio, todo mísero e ridículo silêncio daquele apartamento sufocante com a sua voz aguda e então, somente então cantaria aquela mesma canção mais uma vez, porém muito mais alto que antes. Exageradamente muito, mas muito mais alto que antes! Tão alto que já não se poderia mais ouvir nem mesmo aquele velho sinal que todas as noites insistentemente ressoava ardido em seus ouvidos obsecados por silêncio. Só assim seria feliz, se pudesse, se tivesse tal voz.
E no entanto ela espera...espera escutando a mesma música na tentativa de, se não cantar, ao menos chorar pois ainda assim acredita que o choro poderia ser uma forma tímida de voz, talvez a da sua alma, ou quem sabe a do seu coração...se é que ainda o tem por inteiro.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

casamos
apartamentamos
e nos apertamos

SOBRE O TEMPO





e se o tempo parasse
parasse para esse momento?
até pareceria parado
se parado parecesse
se parado permanecesse
apenas neste momento.
mas que chato seria
todo o tempo do mundo
pa
ra
do

alias, pra que que eu o quero parado
se eu sou a ampulheta?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

RAIVA: RELVA RUBRA

uiva na noite e me rasga em vermelho.
rubra de raiva, revolvo-me na ruiva relva que é a minha cama.

acalmaria se me enraivessesse tudo de uma vez
e não aos pouquinhos,
aos pingos como duram estes dias...

portanto me enraivesso,
viro-me do avesso
desavença e arremeço
arremeço de raiva
raiva sem preço.




desculpe!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

trabalho para não ter o trabalho de arrumar um trabalho.
será que mesmo assim estou trabalhando?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

VOCÊ


e o que fazer se você me aparece

cada dia com uma flor

me pintando com a sua cor

tudo aquilo que eu chamo de amor?


e o que fazer se você me aparece

todo dia nos meus sonhos

afastando pesadelos enfadonhos

enchugando os meus olhos tristonhos?


e o que fazer se você me aparece

de madrugada querendo meus beijos

aumentando meus desejos

efervescentes como um alegre cortejo?


e o que fazer se um dia você não aparecer

nem de manha, nem ao entardecer?

pensar em te perder?

somente se um dia enlouquecer!





DA MINHA BOCA, UM POEMINHA BREGA DE AMOR


Da minima palavra se fez beijo

Da minima lágrima se fez sorriso

Da minha vida se fez festejo

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O VÔO


como um suicída abro a janela da paixão

e me atiro sem medo, sem resseio

sem nem se quer olhar pro chão

pois se neste maravilhoso vôo morrer

podem dizer que foi do coração
tão mal te vi
tão bem te quero

sexta-feira, 27 de junho de 2008


e tocou tão bem meu coração que até acredito que você toque mesmo piano; essa tua melodia.... Por que você então não toca a minha campainha? Moço eu juro, não é engano não!!!

domingo, 22 de junho de 2008

PARA RICARDO

felicidade
n a
f e l i z
c i d a d e
e

s e
f e z
d e
l i s
a

f e l i z
i d a d e




segunda-feira, 9 de junho de 2008

TRAVALINGUA DE UM PALHAÇO




quanto mais sorrichora,
mais chorasofre.
se só sofresorrisse,
assim sorrisofreria
e sofrechoraria
chorasorrindo.

domingo, 8 de junho de 2008

NADA EN MI CORAZÓN

nado num mar de nada
nada de mar
nada de nado
nada de nada
inda tem gente que me diz: obrigado!
sou obrigada a responder: de nada!

A CANÇÃO RIDÍCULA QUE FIZ PRA VOCÊ

de que adianta tentar
se eu já pintei o muro do céu
se eu já tirei o meu chapéu
se você não faz o seu papel?

de que adianta acreditar
se já insisti e desisti
se nem mesmo eu percebi
que você não está nem ai?

pois é, caguei no maiô
é isso ai, caguei no maiô
você ri, mas eu caguei no maiô
que mais posso fazer?

eu vou pichar o muro do céu


quarta-feira, 4 de junho de 2008

REVER,
REVIVER,
RENASCER,
REAGIU.

REPARTIU.
RESSURGIU.
REVOLVEU,
REMEXEU,
RESPLANDECEU!

RESISTIRÁ?
REAFIRMARÁ?
REVELARÁ?

A DEUS DARÁ.
OH DEUS, OH SANTO DEUS
ME DÁ!!!!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

SOBRE O QUE SE FOI, SOBRE O QUE FICOU

deixar-se ir não é partir, mas sim consentir. que se vá o que já se foi... e se um dia por acaso sem mais nem menos voltar, que não se parta em dois. que as folhas abandonem seus antigos e secos galhos, mas que novas folhas não possam ocupar o mesmo espaço, mas sim a semelhante beleza que preenche o vazio.

terça-feira, 27 de maio de 2008

naquele dia
tua mão fria
calorou alegria

sexta-feira, 23 de maio de 2008

na tua escala não tem dó
ecoa um si mas vai de ré
essa canção eu sei de cor
lá si fá e não dá pé

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O QUE ELA, MENINA MÚSICA, ATUA EM MIM, ATRIZ

me toca
me troca
me retoca
quase que sufoca

sufoca ardente
numa batida quente
mais que de repente
e quase nem se sente

e só se sente pulsar
ouvidos e bocas a latejar
quando enfim se encontrar
o meu no teu olhar

sábado, 17 de maio de 2008

O QUE ELE, ATOR, ATUA EM MIM, A TUA

ele atua
eu, a tua
em mim atua e me atura


ele ator
eu atordoada
em mim a paixão atormenta


ele ensaia um romance
eu de saia tento a chance
em mim ensaio o encontro

MENINOS DO TREM II

Eu ando de trem
um, dois, mais de cem
não me resta um vintén

MENINOS DO TREM

pede moleque
pé de moleque
mas me pede tanto que...

sábado, 3 de maio de 2008

NAQUELE SONHO

existem pistas, vestigios...
restigios de um pedaço.
cadarço sem começo
nem um meio pra amarrar.
início de um vazio,
meio fio de um vício.
apenas um início
a ponta aberta do fio.
navegar nesse escuro
escudo de água
mágoa de um rio,
arrepio que brota
e aborta a nascente
de crescente pavor.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

MASTRA TE

mastra te de aparecer
mastra te de me ligar
mastra te de me escrever
só não trate de me esquecer